domingo, 27 de novembro de 2011

Onde esta o poder publico municipal ?

 Diário de S. Paulo  25/11/2011  13:55

Escombros esquecidos em Guaianases

Restos de demolição em áreas de risco estão largados há sete meses. Esgoto fica empoçado nos entulhosSILVÉRIO MORAIS
silverio.morais@diariosp.com.br

No meio da favela Jardim São Paulo 2, em Guaianases, Zona Leste, restos de 46 casas derrubadas pela Prefeitura após a remoção dos moradores de uma área de risco, em abril, permanecem no local sete meses depois, comprometendo a vida de quem ficou. “Parece que teve uma guerra”, diz o presidente da Associação de Moradores do Conjunto Jardim São Paulo 2 e Adjacências, Geraldo Alves de Sá.

O esgoto que desce da parte mais alta agora se acumula em meio aos escombros e, quando chove, escorre para os barracos de baixo e para a Rua Professor Teotonio Pavão. “Tiraram as casas e não fizeram a limpeza. Agora está atingindo todo mundo”, diz a dona de casa Joselita da Silva, 29 anos. Ela reclama do mau cheiro, dos ratos e do risco da dengue.

O barraco de chão batido onde Paula Costa, 32, vive com o marido e três filhos pequenos é um dos mais afetados. Segundo ela, depois que as residências de cima foram derrubadas, água e esgoto descem quando chove e ficam empoçados dentro da casa. Paula diz que, além da dificuldade financeira, não  investe no barraco por não saber até quando poderá morar no local.

O mesmo problema enfrentam outros vizinhos, como o apontador de obras Evandir Benedito Gomes, 36 anos. Ele não aguenta mais conviver com o esgoto na porta de casa. “Minha filha está sempre doente. É um risco para a saúde de todos”, reclama.

A Subprefeitura Guaianases alega que a demora para a limpeza é devido ao difícil acesso para a remoção dos materiais. Segundo o órgão, é necessária a utilização de maquinário específico, que já está em fase de contratação, para não causar danos às moradias que ainda abrigam famílias.  A subprefeitura destaca que a área é de risco R4 (muito alto) e as 46 moradias foram retiradas conforme indicação de estudo feito pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas). O local está dentro  da proteção de mananciais e, no futuro, dará lugar ao Parque Linear Guaratiba.

Auxílio-moradiaTrês das famílias removidas da favela reclamam de não terem recebido ainda nenhuma parcela do auxílio-moradia. O ajudante geral Vagner Campos, 30 anos, diz que já foi quatro vezes na Prefeitura  e não obteve explicação. Ele teve de vender os móveis por não ter onde guardá-los e agora mora de favor. A mesma situação é vivida pela família de Anezio de Souza Santos e de Debora Kelly da Silva. “Eu moro de favor com três filhos e sem condições de pagar aluguel”, comenta a mulher. A Secretaria Municipal de Habitação foi procurada, mas não retornou até o fechamento desta edição.

“Parece que teve uma guerra”, diz o presidente da Associação de Moradores do Conjunto Jardim São Paulo 2 e Adjacências, Geraldo Alves de Sá.

O esgoto que desce da parte mais alta agora se acumula em meio aos escombros e, quando chove, escorre para os barracos de baixo e para a Rua Professor Teotonio Pavão. “Tiraram as casas e não fizeram a limpeza. Agora está atingindo todo mundo”, diz a dona de casa Joselita da Silva, 29 anos. Ela reclama do mau cheiro, dos ratos e do risco da dengue.

O barraco de chão batido onde Paula Costa, 32, vive com o marido e três filhos pequenos é um dos mais afetados. Segundo ela, depois que as residências de cima foram derrubadas, água e esgoto descem quando chove e ficam empoçados dentro da casa. Paula diz que, além da dificuldade financeira, não  investe no barraco por não saber até quando poderá morar no local.

O mesmo problema enfrentam outros vizinhos, como o apontador de obras Evandir Benedito Gomes, 36 anos. Ele não aguenta mais conviver com o esgoto na porta de casa. “Minha filha está sempre doente. É um risco para a saúde de todos”, reclama.

A Subprefeitura Guaianases alega que a demora para a limpeza é devido ao difícil acesso para a remoção dos materiais. Segundo o órgão, é necessária a utilização de maquinário específico, que já está em fase de contratação, para não causar danos às moradias que ainda abrigam famílias.  A subprefeitura destaca que a área é de risco R4 (muito alto) e as 46 moradias foram retiradas conforme indicação de estudo feito pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas). O local está dentro  da proteção de mananciais e, no futuro, dará lugar ao Parque Linear Guaratiba.
Auxílio-moradiaTrês das famílias removidas da favela reclamam de não terem recebido ainda nenhuma parcela do auxílio-moradia. O ajudante geral Vagner Campos, 30 anos, diz que já foi quatro vezes na Prefeitura  e não obteve explicação. Ele teve de vender os móveis por não ter onde guardá-los e agora mora de favor. A mesma situação é vivida pela família de Anezio de Souza Santos e de Debora Kelly da Silva. “Eu moro de favor com três filhos e sem condições de pagar aluguel”, comenta a mulher. A Secretaria Municipal de Habitação foi procurada, mas não retornou até o fechamento desta edição.


Rafael Lasci/Diário SPEm meio ao entulho, poças de esgoto se formam espalhando o mau cheiro Em meio ao entulho, poças de esgoto se formam espalhando o mau cheiro



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